06 novembro, 2006

Dúvidas & Certezas

E não é que o Vasco, depois de quatro vitórias consecutivas, perde dois jogos seguidos e vê se afastar o sonho da Libertadores? Mas a situação não é tão ruim quanto parece. Faltando cinco jogos para o final do campeonato o time ainda depende só de si para se classificar para a competição sulamericana – talvez seja esse todo o problema.

Senão, vejamos: Se as contas que os matemáticos fizeram há seis rodadas atrás ainda valerem, o Vasco entra na reta final da competição tendo que ganhar quatro jogos e podendo perder ainda um. Joga três vezes em casa: contra os concorrentes diretos Santos e Paraná e com o Juventude, que já não quer mais nada. Ainda tem compromisso no Anacleto Campanela com o já virtualmente rebaixado São Caetano. Dá, não dá? Para completar, ainda terá o seu jogo mais complicado na última rodada, contra o Figueirense, em Florianópolis. Vai para lá sabendo que resultado precisa trazer na mala. O único problema no esquema são as limitações do próprio time que teria que vencer novamente quatro jogos consecutivos. Dá para conseguir? Dá. Se eu acho que vai? Infelizmente, não.

E não é que na reta final do campeonato, nessa disputa acirrada pela vaga na Libertadores, o Vasco se vê desfalcado de seu principal destaque no brasileiro, o meia Moraes? Oficialmente são razões médicas que o afastam do gramado, mais uma análise mais atenta pode nos levar a uma conclusão mais maldosa. No começo da Nova Era Dunga, Morais e Jonatas (do Flamengo) foram surpreendentemente chamados para a seleção brasileira. Convocação nunca mais repetida e que só serviu para elevar o status dos dois jogadores para o nível de seleção. O meia rubro-negro foi logo parar na Espanha e Morais ficou por aqui. Pouco depois, um grupo de empresários de um clube alemão passou no Rio e deu como certa a contratação do talento cruzmaltino. Contratação essa rapidamente desmentida pelo clube, que não poderia se desfazer de uma peça-chave como esta na reta final de um campeonato e, acima de tudo, em ano de eleições no Vasco da Gama.

Para a imprensa e torcedores em geral o assunto acabou aí. Mas o fato é que depois disso Moraes nunca mais foi o mesmo. Seu estilo de jogo, de conduzir a bola e tentar o drible deu lugar a um toca-toca para os lados e tentativas de cruzamentos preguiçosas. Como se não bastasse, agora o meia parece não se livrar de uma sinusite que já o tirou do time por três partidas, sem se ouvir quando ele vai voltar. Será que é maldade pensar que um clube que, mesmo com a menor folha salarial dos grandes clubes cariocas, ainda se vê com problemas de atraso de salário venderia um de seus jogadores na surdina? Deixo no ar a pergunta.

De qualquer maneira, todas as dúvidas serão logo respondidas. Em mais algumas semanas saberemos se o Vasco irá ou não para a Libertadores e, antes do final do ano, saberemos que Morais é mais um jogador brasileiro a ir para a Europa, mais precisamente para a Alemanha. Escravam o que eu digo.

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